segunda-feira, 25 de junho de 2012

extra pillow.


porque somos um pseudo-casal. 

Somos cúmplices. Dividimos uma cama de solteiro, a conta do bar e histórias. Gostamos de cachecóis, filmes do Tarantino, tatuagens e Coldplay. Enquanto eu cozinho, você escolhe alguma música pra escutarmos – e às vezes, acaba escolhendo aquela música que eu tenho tatuado – e seu frango empanado é melhor que o da Palmirinha.
Ouvimos Metallica e Lana del Rey (sem vergonha) e quando estamos bêbados (ou apenas felizes demais) cantamos algum sertanejo. Dançamos na cozinha, no bar e rolamos pela cama de solteiro. Você é o melhor nos dardos e eu a melhor no twister. Brigamos e muito, e sabemos que sem brigas não teria graça.
Nossas próprias piadas, nossas manias e nossa rotina, que nunca é chata. Nossos maços de cigarros, nossas risadas que são únicas e as histórias que você conta que sempre são engraçadas ou com um final muito doido.  Meu falatório que ou te irrita ou te faz morrer de rir. O modo como cuidamos um do outro quando a gripe ataca, como nos abraçamos e ah... Como nos beijamos. Tudo é único. Somos únicos, arianos, eu santista e você são paulino.
Seu cabelo (lindo, é claro) que sempre sofre quando invento de fazer uma trança, meus cílios que você ama, suas costas bonitas e minhas pernas bonitas. Sua barba ruiva e meu cabelo enorme.
Você não finge gostar de alguma coisa só porque eu gosto, e eu não finjo interesse quando você passa horas e horas vendo lutas anteriores do UFC.  Madrugadas em claro conversando sobre as coisas mais íntimas de nossas vidas, a força que você me deu quando minha vó foi operada e o apoio que te dei quando você quis mudar de país.
Gosto da sua polo cinza e de como as cores combinam com você. Você gosta quando uso salto e da minha camiseta verde da Marvel, que eu nunca vou usar porque é verde.  Gosto da sua família e das suas cachorras, você gosta da minha família e do meu primo de 4 anos que acredita que é o batman (ou babão, no inglês dele). Tudo funciona muito bem entre nós, na cama, na cozinha e até comendo sushi com você me ensinando a usar aqueles palitinhos.
Temos medo de fantasmas, principalmente depois de ver “Atividade Paranormal 3” no cinema e ficarmos sozinhos no apartamento. Você não tem medo de bicho algum, eu por outro lado, faço escândalo quando vejo uma barata. (Em um apocalipse zumbi você seria o herói).
Somos insuportáveis, teimosos e preguiçosos, mas sabemos ouvir e ajudar, sempre. Nossas conversas sobre filmes, seriados e música (confesso que adoro quando você me elogia dizendo que entendo muito de cinema e música , mas você entende mais de Game of Thrones do que eu).
A maneira como você me apresentou para todos seus amigos, a maneira como você segura minha mão e como se preocupa com minha saúde.  Não falamos sobre política, mas temos a mesma opinião.  Eu não sei andar de bicicleta e você não sabe nadar. Bebemos muito, comemos muito e odiamos acordar cedo.  E falamos ‘eu te amo’ em situações inusitadas, choramos (eu mais, é claro), dormimos abraçados e acordamos com os cabelos em pé. Mesmos sonhos e planos. Terça-feira é o nosso dia predileto da semana, assim como lasanha está para comida predileta e cerveja para bebida predileta.
O final de semana mais bonito na cidade que dá pra ver o mar mediterrâneo, a última manhã de 2011 deitados no sofá, assistindo “O Chamado”. O primeiro eu te amo de 2012, primeiro beijo e primeiro sorriso.
E continuamos juntos, mesmo enfrentando um oceano de distancia. Amar é isso, é sentir saudade e ao mesmo tempo sentir a presença um do outro, é chorar lendo uma declaração via facebook, é falar eu te amo todas as noites baixinho pro travesseiro extra que está na nossa cama de solteiro.
Amamos o que somos e o que temos. Somos únicos, cúmplices e existimos.

p.s. GIGANTESCO da narradora:
“Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano... Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. (...)Você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome(...).
O Jabor escreveu uma crônica sobre nós (sem pedir, obviamente).

Estou feliz, sorrindo banguela pra todo mundo. E esperando você com meu vestido de leopardos (que pra mim, continuam sendo dinossauros), com as pernocas de fora e com cerveja na geladeira. 

We can do anything,
Priii (sim, eu voltei).









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